
Estudo desenvolvido na UFG é publicado na Nature
Trabalho é primeiro modelo baseado em evidências para predizer as espécies potencialmente mais suscetíveis à expansão humana
Por serem frequentemente vistos como potenciais predadores, a simples presença dos humanos pode gerar mudanças fisiológicas e comportamentais em animais silvestres, como o aumento do estresse e redução de suas atividades, com possibilidade de desencadear efeitos à nível populacional. Preocupados em entender como as populações naturais estão respondendo comportamentalmente a crescente presença humana, pesquisadores da UFG, em parceria com pesquisadores estrangeiros, desenvolveram o primeiro modelo baseado em evidências para predizer as espécies potencialmente mais suscetíveis à expansão humana. Um artigo sobre o trabalho foi publicado nesta segunda-feira (16/11) numa das maiores revistas científicas do mundo, a Nature Communications.
O artigo é fruto de um capítulo da dissertação de mestrado de Diogo Samia, ex-aluno do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução da UFG. O trabalho, publicado na Nature Communications, tem como coautores os professores da UFG, Fausto Nomura e Thiago Fernando Rangel, e os pesquisadores estrangeiros Shinichi Nakagawa (Universidade de New South Wales, Austrália) e Daniel T. Blumstein (Universidade da Califórnia, EUA).
"Nós encontramos que a maioria das populações de aves, mamíferos e lagartos foram tolerantes à presença humana. No grupo melhor amostrado – aves – populações de áreas urbanas e suburbanas foram as mais tolerantes dentre as populações estudadas. Ainda, espécies maiores de aves foram mais tolerantes que espécies menores. Por fim, encontramos que tamanho da ninhada, abertura do habitat utilizado, e dieta, também foram características importantes para explicar o grau de sua tolerância ou intolerância à presença humana", detalhou Diogo Samia.
Fonte: ascom UFG